domingo, 13 de março de 2011

Thoughts to the wind

Queria poder falar, expressar, mas não consigo soltar uma palavra daquilo que tem que ser dito, me falta coragem, fôlego, me falta confiança em mim mesma e principalmente em meus atos. Talvez muitos estejam certos falando que uso uma máscara de marrenta, de forte e inabalável, quando minha vontade mesmo era de chorar e botar toda euforia que sinto pra fora, mas sei que se fizer isso não vou ajudar ninguém muito menos a mim mesma, muito pelo contrario, causarei problemas pra mim e aqueles que agora estão ao meu redor.
Por tais motivos prefiro ficar quieta e me recolher em meus próprios pensamentos rezando para que uma solução me venha a cabeça, alguma forma de falar tudo, ou pelo menos de encaixar aquilo que sinto, com aquilo que penso, me deixando em harmonia comigo mesma, fazendo me sentir com a certeza daquilo que sinto, mas sei que sou mutável e bipolar, uma hora desejo com todas a forças uma coisa depois de dois ou três minutos posso sentir um ódio imenso por tal necessidade.
Já tentei me afastar de todos, me juntar de novo, sair, esquecer daquilo que nunca foi Lembrado, mas a confusão me segue, por mais que eu sempre escape de uma, minha cabeça volta e arruma mais dez só pra me deixar confusa, só pra me deixar ser alguém que não vejo e não sinto a mínima necessidade de ser.
Sempre tem algo, alguém e muitas vezes uma só palavra que fica martelando na minha cabeça e quando finalmente encontro a solução pra ela , involuntariamente minha mente já arruma algo a mais para ter com o que pirar, para me fazer perder noites pensando como agora.
Quase 6:00 da manhã e eu pensando no provável, no improvável, naquilo que eu queria que fosse possível mas sei que no fundo é algo tão impossível quanto enganar a própria morte. Aquela sensação de vazio, de falta de algo que nem eu mesma consigo explicar o que, no fundo eu sei o que é, mas não consigo distinguir, muito menos expressar, é algo tão abstrato que até meu próprio corpo desconhece, na garganta aquela agonia sem fim que me deixa seca, instável.
Por fora uma armadura inatingível,inabalável, indistinguível, por dentro uma tempestade tão forte que se sente tudo mudando, pensamentos mudando a cada segundo, formas, probabilidades, futuros próximos, futuros distantes, talvez um futuro que nunca vai chegar, aquele que vai chegar quando não estiver preparada.

Medos do que possa vir a acontecer, daquele desejo tão forte de que aconteça e não saber o que fazer, esperança de dar tudo certo, medo de dar tudo errado, tudo incerto, indefinido, indecifrável, mas totalmente perceptível.


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