terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sincerity

Sou daquelas românticas antigas que acreditam que o amor move barreiras, cura doenças, absolve os condenados. Aquela que finge não ligar, mas fica se remoendo tentando achar uma explicação. Do tipo que sorri quando minha vontade é chorar, gritar e implorar que alguém ouça as palavras que não tenho a dizer mas que estão ditas em minhas expressões.
Acredito sim no amor, naquele amor que dura uma eternidade, aquele que não se constrói sozinha. Não fico esperando por ele, pois sei que nem todos tem a sorte de amar assim, mas rezo para que eu seja escolhida para poder viver um desses.
Já pensei que estava amando quando não estava, pensei que estava sendo amada quando também não estava. Agora não penso em amar ou ser amada e sim que quando acontecer que seja sútil e sincero. Construir o amor com alguém sem mentiras, ilusões ou falsos agrados, apenas algo verdadeiro onde sejamos cúmplices de nossos próprios erros e acertos.
Não quero ter que acordar sorrindo, pelo contrário, quero que saibam que acordo mal-humorada, descabelada e com remela no olho rs'. Nem que concordem comigo em tudo, quero que discordem, que discuta, mostre que tem pensamentos próprios e que assim possamos conversar e tomar uma boa atitude JUNTAS.
Resumindo tudo: Parece que quero alguém que não existe, mas não apenas alguém  que não me agrade por mim e sim que me agrade por ser quem é, que me faça sorrir de algo espontâneo e não premeditado, que não tenha medo de falar na minha cara que estou errada e discutir comigo quando achar que estou certa.
Mas além de tudo quero alguém que não tenha que partir, que não me deixe amando sozinha, que esteja sempre onde espero, que me faça sentir ciúme, que me deixe insegura, com o sorriso tremulo e as pernas bambas. Não quero que me liguem para dar boa noite, mas que durma comigo, que não me sirva café na cama e sim que acorde comigo para tomarmos café juntas.
Uma pessoa que me acalme com um simples beijo, que me faça dar risadas dos problemas e que seja tão difícil quanto eu, que me deixe sem ação, alguém que precise tanto quanto eu de proteção e que se sinta protegida comigo.

Pensando bem, quero mesmo alguém que não existe.

domingo, 4 de setembro de 2011

Just words

Desde pequenos aprendemos a lidar com decepções, das mais pequenas onde seus coleguinhas negavam uma bala, até aquelas maiores onde o menininho que você gostava, não queria saber de outra coisa a não ser futebol no recreio.Com isso crescemos, nos fazemos de forte e muitas vezes procuramos não chorar com medo de cair e demonstrar aquela criança que antes eramos, acontece que fraco não é aquele que sente dor, mas aquele que tem medo de demonstra-la.
Quando fizemos um plano, esquecemos de por na balança o risco que corríamos, as intervenções que podiam ocorrer, as críticas e más interpretações que podiam acontecer, pois é não vestimos direito a armadura, não soubemos lidar com tais problemas, não tivemos dialogo, nem se quer uma vez sobre tal assunto, fugíamos para não ouvir aquilo que nos magoaria, aquilo que tínhamos medo e agora só sobraram as cinzas de uma paixão que começou, mas nem chegou a se tornar real, existia apenas em nossas cabeças quando deitávamos de noite e imaginávamos uma com a outra.
Não sei explicar como tudo isso aconteceu, ou o que uma fez para outra e até mesmo apontar onde esta o erro, mas sei que agora ja é tarde, nossas mentes já não estão mais interligadas apenas com uma lembrança do que jamais se repetirá, daquilo que um dia pensamos em viver, daquilo que por um tempo foi o suficiente para deixar nossa vida mais colorida, alegre e radiante.
Confesso que não foi do jeito que esperava, fui pega de surpresa como varias outras vezes, sem ter um motivo aparente, sem ter em que colocar a culpa fui pega desprecavida e talvez tenha sido isso que me ajudou a não sofrer tanto, saber que minha cabeça está limpa e que no fundo eu lutei como pude, fiz o que era possível para dar certo, isso tudo me deixa sim mais aliviada, não com o fato de saber que não sou a culpada, mas com a ideia de que acabou sem eu ter que me culpar.
Tudo que já fizemos, falamos, não tem como mudar, já foi minha decisão, não vejo mais tudo como costumava ver, como costumava ser. Antes bastava apenas eu fechar meus olhos pra imaginar você, bastava um perfume pra me recordar, uma palavra, uma música, hoje ja não me vejo assim, não digo que não lembro, apenas que sua lembrança se torna cada dia mais distante, seu rosto já não esta mais em minha cabeça, seu sorriso não tem o mesmo brilho, não te enxergo mais como minha princesa, aliás eu não sei como te enxergo nesse exato momento, talvez como um grande ponto de interrogação que um dia talvez eu consiga entender.
Eu não estava errada de te enxergar como uma criança, suas atitudes só me provaram isso, não que você seja infantil, mas que ainda tem muita coisa pra aprender, assim como eu também tenho porém menos que você e com certeza mais do que alguém, são apenas lições diferentes, da mesma forma que agiu eu também já agi, mas aprendi com isso, espero que também aprenda.
Agora eu sei que vai ficar nervosa, com raiva e me detestando, mas um dia vai perceber que nada disso que falei foi pra te ofender, pelo contrario, gosto do modo que pensa o problema é que você não age de acordo com seus pensamentos.